quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Não é fim-de-semana de todas as nossas semanas.
Nem o fim, das tardes curtas, naquela metade de cama, de mel salpicada, onde tantas vezes nos amamos.
Nem poderá ser o fim, de um palácio, de sonhos pintado, pela cor das lágrimas de desejos incompletos.
Não! Não é, o fim dos dias, de todos os nossos dias.
Nem o fim da tua voz que me oferta a exclusividade da palavra -Amo-te!
Nem podia ser o fim, de todas as madrugadas… orvalho onde lavo, os meus medos e enxugo os teus.
Nem hoje, será o fim de todos os fins.
Nem o fim da sede que sacio, na fonte dos teus poemas.
Nem o fim das mãos que enlaçamos, quando dançamos apertadinhos, a mais bela dança de todas. Esta, em que iluminas todos os recantos do meu ser.
Imaginas, um fim para nós?
Não existe fim, para um amor inventado, por um anjo distraído.
Não! Nunca haverá fim, para este céu que nos cobre… nem sequer para o inferno que é saber-te longe.
Nem sequer poderá ser o fim, para o anoitecer… Porque é nele que eu me desnudo para ti.
O único fim que se abeira, meu amor… é o fim desta saudade que porá fim, a todos os fins.

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