quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Ponto a ponto, conta a conta, fabrico um colar,
com as lágrimas que os meus olhos vertem.
Cada fileira representa uma das minhas verdades,
aquelas que teimo em esconder de ti
No pescoço vou ostentar, cada lágrima de forma altiva,
num colar de contas, ou contos,
de uma vida, vivida de forma intensa.
Cada conta, terá uma história…
Não histórias de “Era uma vez";
essas eu só conheço dos livros infantis.
Esta é uma história de vida, sem floreados, nem laçinhos...
Não será mais uma fantasia...
nem sonhos guardados em gavetas.
Nem sequer será uma história antiga...
Recuso-me a contar histórias, de retratos envelhecidos,
presos a um fio dourado, onde as fotos se encontram,
num beijo amarelado pelo tempo.
Não quero, o coração fechado à chave,
numa meia verdade, sem sol, sem vida, sem paixão.
Prefiro o sal das lágrimas que formam o colar da vida;
exposto, ao movimento suave, do colo que o ostenta.

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