quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Uma voz no Silêncio...

Tenho medo!
Medo, de caminhar, na verdade amarga,
de um sonho, que vai ficando distante.
Aos poucos, sinto que chega o anoitecer da vida
Dissipando-se aos poucos,
a beleza das coisas que sempre amei.
Tento, a todo o custo,
agarrar-me, a tudo o que me faz querer ficar…
Mas sinto-me cansada… os dedos cedem…
Os olhos forçam um retiro à luz…
Numa forma tola, de amarrar o sonho, dentro de mim.
Ando perdida; alheada de tudo o que gosto.
Os lábios antes afogueados,
Enrugam-se agora em esgares enfadados
ante a escassez dos beijos que supliquei.
Já não sei, o que me faz falta…
Um dia; um dia quis ser como a brisa…
leve, livre e serena;
Mas, vivi como o vento,
galopando sobre a rua deserta, do sentir…
Desafiando o tempo a uma transformação, onde…
Chorei, sorri…
Amei e sofri.
Hoje no cansaço da noite,
rasgo o sonho do peito e retorno ao meu silêncio…

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