quinta-feira, 20 de março de 2008

MARCAS AO VENTO
Krika

Como posso pedir-lhe para ir embora de meus pensamentos,


Se eu própria amarrei-me no seu corpo?


Como posso exigir-lhe compreensão,


Se eu própria anseio desesperadamente sua presença?


Como posso agredir-lhe,


Se eu debato-me com meus próprios pulsos?


Como posso esconder-lhe minhas chagas,


Se eu própria sou minha cicatriz?


Como posso abandonar meu coração,


Se eu acalmo o seu no meu peito?


Como posso preparar minha vida, sem a sua,


Se eu própria vejo-lhe no meu espelho?


Como posso espalhar o vento,


Se eu própria escondo nossas marcas,


Nas planícies, clareiras e lugares secretos?


Como posso evitar você, nos meus sonhos,


Se eu própria fecho seus olhos nos meus?


Como posso agonizar minh¿alma,


Se eu própria zelo pela sua?


Como posso chamar-lhe a atenção para minhas súplicas,


Se eu mesma sinto sua partida?


Como posso amar-lhe assim,


Se eu própria não declamo ¿Eu te amo¿?


Como você pode determinar-me tanto assim,


Se você... parece ser , o próprio vento?

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