quinta-feira, 1 de novembro de 2007



Uma próxima vez....
lá fora a noite é fria,e o vento assobia por entre as folhas...
espero uma mensagem, um email...
falta alguém aqui...
faltas tu...
lentamente entraste na minha vida...
as tuas letras amontoaram-se em palavras,
uniram-se em frases,
que se encaixaram em textos e mensagens...
afinidade...
simpatia...
carinho...
sintonia...
um sentimento nascia,
mas não conseguia defini-lo...
e o tempo foi passando...
agora a chuva cai,
molha o meu rosto,
e apesar do frio que sinto,
da distância que nos separa,
e da saudade que invade o meu coração,
digo-te, como me disseste um dia,
a vida é bonita...
sim, a vida é bonita...
um dia partilhamos um momento
e voltaremos a encontrar-nos
no universo,
onde os versos são o caminho,
que tal como sonhos voam livres,
nesta ou numa outra vida...
porque tal como nos encontramos agora,
haverá uma próxima vez...
sempre houve e sempre haverá...
um terno e eterno até já...

Ponto a ponto, conta a conta, fabrico um colar,
com as lágrimas que os meus olhos vertem.
Cada fileira representa uma das minhas verdades,
aquelas que teimo em esconder de ti
No pescoço vou ostentar, cada lágrima de forma altiva,
num colar de contas, ou contos,
de uma vida, vivida de forma intensa.
Cada conta, terá uma história…
Não histórias de “Era uma vez";
essas eu só conheço dos livros infantis.
Esta é uma história de vida, sem floreados, nem laçinhos...
Não será mais uma fantasia...
nem sonhos guardados em gavetas.
Nem sequer será uma história antiga...
Recuso-me a contar histórias, de retratos envelhecidos,
presos a um fio dourado, onde as fotos se encontram,
num beijo amarelado pelo tempo.
Não quero, o coração fechado à chave,
numa meia verdade, sem sol, sem vida, sem paixão.
Prefiro o sal das lágrimas que formam o colar da vida;
exposto, ao movimento suave, do colo que o ostenta.

Uma voz no Silêncio...

Tenho medo!
Medo, de caminhar, na verdade amarga,
de um sonho, que vai ficando distante.
Aos poucos, sinto que chega o anoitecer da vida
Dissipando-se aos poucos,
a beleza das coisas que sempre amei.
Tento, a todo o custo,
agarrar-me, a tudo o que me faz querer ficar…
Mas sinto-me cansada… os dedos cedem…
Os olhos forçam um retiro à luz…
Numa forma tola, de amarrar o sonho, dentro de mim.
Ando perdida; alheada de tudo o que gosto.
Os lábios antes afogueados,
Enrugam-se agora em esgares enfadados
ante a escassez dos beijos que supliquei.
Já não sei, o que me faz falta…
Um dia; um dia quis ser como a brisa…
leve, livre e serena;
Mas, vivi como o vento,
galopando sobre a rua deserta, do sentir…
Desafiando o tempo a uma transformação, onde…
Chorei, sorri…
Amei e sofri.
Hoje no cansaço da noite,
rasgo o sonho do peito e retorno ao meu silêncio…
Vem!
Possui-me
Tira-me a roupa de vez
Deixa, que eu caia a teus pés…
E com meus lábios de mel
te faça esquecer o aperto da solidão
Depressa; corre!
Fujamos, para outra vida
Onde, intacta e redimida
Te entrego os meus segredos
Cedendo-me, a ti, sem medo
Vem!!!

PRAZER!!!

Olho-te!!!

Saboreio, ansiosa a doçura,

dos beijos molhados que nos escapam,

dos lábios.

As, mãos inquietas percorrem,

em pormenor um caminho,

de delicias, implantado,

pelas coroas do prazer,

que se renderam a uma noite, de luxúria.

Com a boca,

ensino-te,

o rumo à loucura,

onde, em trilhos molhados,

percorro,

todos os teus contornos

Mãos, Língua, Boca, Tocam,

Lambem

Degustando,

lentamente todos os relevos,

do teu corpo num desejo,

desmesurado onde me perco,

sem controle.

Sinto...

sinto algo que me percorre

Sugando, os fluidos soltos

Que por minhas pernas deslizam.
Hummm... que prazer!!!

Deixa-me possuir-te ...

É urgente amar-te,
É preciso, aprisionar
No meu corpo de mel
Todos os odores que me lembro, da tua pele.
pst…
Vem cá!
Aqui…
Deita-te ao meu lado...
Isso... Assim!
Hummm vou saciar-me, agora,
Sente o meu calor.
Satisfaz, o teu desejo…
Que o medo não mata…
Porque a paixão nos protege.
Anda...
Vem comigo!
Vou possuir-te...
Em loucos, jogos de prazer.
O que esperas?
Toca-me,
Beija-me…
Ensina-me!
Diz-me o que fazer.
Trago nas mãos trémulas de prazer,
Desejos escondidos,
de um determinado querer.
Prende-me a ti…
Ata-me se assim o entenderes…
Mas promete-me!
Promete-me amor; que saciarás o nosso prazer.

MASTURBAÇÃO...

Faço de mim, um inferno
Onde ardo, numa paixão
De ventos, de tempos
De desígnios infernais
Onde as formas do teu corpo
acariciam em sonho o fogo que incita,
em orgasmo silenciosos
o movimento da minha mão.
Ansioso fogo este,
aliviado na aflição do gozo profetizado
Impetuosa e arquejante respiração
que fomenta o meu ventre,
a uma magnifica, explosão.


Acusas-me…
de ser o silêncio, quando escutas,
o meu corpo a gritar, por ti,
ao nascer da lua.
Lamentas…
o que poderíamos ter sido e não fomos,
O que deveríamos escutar
e nem tão pouco soubemos ouvir.
Mas, pensa!
Na procura do que fomos...
continuamos tão sós como outrora,
vagueando por caminhos
que sabemos não ser nossos.
Habituei-me a esperar!
Enquanto espero e não espero,
descobri em mim,
toda a paciência do mundo
Pois sei que um dia virás.
E quando chegares amor,
vou mostrar-te,
todos os caminhos do amor ...




ÁRVORES...

Senhoras da natureza…
Guardam no seu regaço segredos
que delicadamente apanham das mãos do vento.
Segredos contados em dó maior,
pela bravia ululação da brisa de mãos bailarinas
que torneia do verde ao laranja,
as cores,
abraçando as rimas.
Não sei, se são segredos grandes ou pequenos…
Sei apenas que são pedaços de vida,
de histórias contadas baixinho,
por uma Senhora que foi jovem
e hoje é velhinha.

Não é fim-de-semana de todas as nossas semanas.
Nem o fim, das tardes curtas, naquela metade de cama, de mel salpicada, onde tantas vezes nos amamos.
Nem poderá ser o fim, de um palácio, de sonhos pintado, pela cor das lágrimas de desejos incompletos.
Não! Não é, o fim dos dias, de todos os nossos dias.
Nem o fim da tua voz que me oferta a exclusividade da palavra -Amo-te!
Nem podia ser o fim, de todas as madrugadas… orvalho onde lavo, os meus medos e enxugo os teus.
Nem hoje, será o fim de todos os fins.
Nem o fim da sede que sacio, na fonte dos teus poemas.
Nem o fim das mãos que enlaçamos, quando dançamos apertadinhos, a mais bela dança de todas. Esta, em que iluminas todos os recantos do meu ser.
Imaginas, um fim para nós?
Não existe fim, para um amor inventado, por um anjo distraído.
Não! Nunca haverá fim, para este céu que nos cobre… nem sequer para o inferno que é saber-te longe.
Nem sequer poderá ser o fim, para o anoitecer… Porque é nele que eu me desnudo para ti.
O único fim que se abeira, meu amor… é o fim desta saudade que porá fim, a todos os fins.


...


Bom dia, Luar que brilha em pleno dia.
Bom dia, pelo carinhoso beijo matinal.
Bom dia, cheio de sol, cheio de paz, cheio de amor...
Bom dia, pela rosa branca de Amizade e Paz, que deixas-te no meu regaço esta manhã.
Bom dia, com o aroma do café e o sabor de torradas que acabaste de fazer para nós.
Bom dia, pelo que és e pelo que me fazes sentir,
sempre que recebo um email teu.
Bom dia, por existirem "luares perdidos"...
Perdidos de maldade,
perdidos de arrogância,
perdidos de ironia,
perdidos de prepotência.
Bom dia, por existirem luares assim...
Doces, ternos, afáveis, amigos.
Também eu tinha saudades de me sentar perto de um luar que tanto me mima,
que tanto me preza.
Tenho saudades!
De Ti...